sábado, 21 de abril de 2012

Atividade Física: Como iniciar?

Fábio Portela - Estudante
de Educação Física e estagiá-
rio na área de musculação
A cada dia, a preocupação com a saúde e com o corpo cresce e é comum ver pessoas com dúvida sobre como iniciar uma atividade física. Que exercício escolher? Qual o melhor horário para o exercício? Qual a frequência semanal indicada? 

Por isso, convidei Fábio Portela, estudante de Educação Física cursando o 6º período para tirar algumas dessas nossas dúvidas. 
Confira a entrevista!

Nutrição e Saúde: Fábio, qual o primeiro passo para começar uma atividade?

Fábio Portela: Primeiramente, é necessário procurar uma avaliação médica, a fim de saber se você está apto para realizar exercícios e que tipo de atividade é indicada e contra-indicada para você. Atualmente, existem médicos especialistas na área de esporte, mas se você apresenta alguma patologia específica, por exemplo, problemas cardiovasculares, deve procurar o especialista da área. 

Nutrição e Saúde: E que tipo de exercício é indicado para os iniciantes?







Fábio Portela: Um ponto importante ao escolher um exercício é sua afinidade por ele. É ideal que o momento de atividade física seja prazeroso. Além disso, existem alguns exercícios, como a hidroginástica, que são de baixo impacto e ideais para pessoas com  alguma patologia articular ou vertebral. Outro exercício bastante escolhido pelos iniciantes é a caminhada, que deve ser feita em passos largos e contínuos para um melhor resultado cardiovascular.

Nutrição e Saúde: Qual a frequência semanal recomendada?

Fábio Portela: Isso depende do tipo e intensidade do exercício realizado. As atividades mais leves, como uma caminhada, devem ser realizadas com uma frequência maior (5x/semana) e com uma duração de, pelo menos, 30 minutos. Já aquelas de maior intensidade, como a musculação, podem ser realizadas 3 vezes por semana. No início, independente da atividade, a frequência deve ser de 2 a 3 vezes por semana e com a evolução do aluno, passar a 5 ou 6 vezes. 

Nutrição e Saúde: No caso da musculação, existe alguma dica com relação à carga (peso) dos exercícios?

Fábio Portela: É comum, no início, com a empolgação, as pessoas quererem pegar o máximo de peso possível e aumentar a carga rapidamente. Isso até é possível, pois nossos músculos possuem uma capacidade rápida de adaptação, mas o mesmo não acontece com as nossas articulações, podendo levar a lesões. Por isso, é recomendado um processo gradativo de evolução tanto da carga, quanto das séries e repetições.

Nutrição e Saúde: Ainda com relação à musculação, é normal sentir dores após o exercício? O que devemos fazer se sentirmos dor?

Fábio Portela: É importante distinguir entre a dor muscular e a articular. A primeira é normal e não deve ser motivo de interrupção do exercício. O que deve ser feito é continuar o exercício no dia seguinte com menor intensidade e as células satélites irão entrar em ação para recuperar as fibras musculares. No caso da articular, já não é algo normal e, se esta persistir, o praticante deve procurar um médico especialista. 

Outras dicas:
  • Cuide da sua hidratação: procure beber bastante líquido durante o exercício. No caso das atividades aeróbicas, onde há uma maior perda de suor, esteja com uma garrafinha de água ao lado ou dê pausas para ingerir líquidos.
  • Suar não é emagrecer é apenas perder líquidos e a perda de líquidos não é saudável. Usar plásticos, exercitar-se em locais muito quentes, usar cintas...nada disso é recomendado! Além do mais, bebendo água após o exercício, você recupera todo o "peso" perdido, ou seja, é um emagrecimento ilusório.
  • Não existe um horário ideal para realizar atividade física, isso depende muito da sua rotina e disposição. O importante é respeitar sua individualidade, realizando exercícios no horário do dia em que você está mais disposto.
  • Não faça exercícios de barriga vazia nem de barriga cheia. Procure alimentar-se, mas não muito próximo ao horário do exercício. De estômago vazio, você pode ter o que chamamos de hipoglicemia e passar muito mal. Já se estiver de estômago cheio, pode sentir náuseas, vômitos e sudorese elevada. Confira, na próxima postagem, o que comer antes e depois dos exercícios.



Isabella Barbosa

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sal: Um vilão pra nossa saúde

Alertar aos consumidores sobre os malefícios do sal agora é lei no Rio de Janeiro! Uma lei estadual aprovada recentemente no Rio obriga a indústria a alertar, nas embalagens de sal, que seu consumo exagerado pode fazer mal à saúde. E não é pra menos! O consumo exagerado de sódio (sal) pode causar desde o inchaço (o terror das mulheres!) provocando retenção de líquidos, até hipertensão e problemas renais. 

É aí que surge a dúvida: o que é exagerar no sal? 

A quantidade máxima recomendada de sal por dia é de 6g. Vale lembrar que essa quantidade já leva em consideração o sal contido nos alimentos, que aparece como sódio nos rótulos. E pra te ajudar a não ultrapassar essa quantidade, aqui vão umas dicas.

Dica #1: Alimentos campeões em sal (sódio)


Os alimentos mais ricos em sal são aqueles que servem como temperos (industrializados), os embutidos (linguiça, salsicha, mortadela) e alimentos com prazo de validade grande, como carne em lata, sardinha enlatada, empanado de frango, etc. Nesses últimos, o sal é adicionado para ajudar a conservá-los. Aqui vão alguns exemplos que você deve evitar. Observe que alguns deles até ultrapassam a quantidade máxima de sal recomendada por dia:

  • Sopa instantânea (pacote) - 8,25g de sal
  • Tempero industrializado em pó (sachê) - 6,06g de sal
  • Macarrão instantâneo (c/ tempero da embalagem) - 5,32g de sal
  • Molho shoyu (2 colheres de sopa) - 4,26g de sal
  • Salsicha (1unidade) - 1,43g de sal
Dica #2: Como reduzir o consumo de sódio
    • Preferir os temperos naturais (cebola, cebolinha, coentro, salsa, manjericão, alecrim) e evite os temperos artificiais. Agora você não tem mais desculpas e já sabe que eles contém muito sal (sódio);
    • Reduzir a quantidade de sal empregada no tempero dos alimentos. Você pode fazer essa redução de forma gradual para não sentir tanto a diferença de sabor e substituir o sabor do sal por ervas, por exemplo;
    • Passar a observar no rótulo dos alimentos a quantidade de sal (que nos rótulos aparece como sódio) presente e evitar aqueles que apresentem alto %VD, ou seja, que representam um percentual alto da quantidade máxima que pode ser consumida de sal por dia;
    • Retirar o saleiro da mesa

    Dica #3: Sal de ervas

    O sal de ervas é um tempero elaborado com ervas e uma quantidade mínima de sal. Pode ser usado para temperar qualquer alimento e tem um sabor ótimo. Você pode substituir os temperos industrializados (que já vimos que são ricos em sódio) por ele. Anote a receita!


    Ingredientes:
    2 xícaras de manjericão desidratado
    3 colheres de sopa de alecrim desidratado
    5 colheres de sopa de orégano desidratado
    1 colher de chá de sal
    Modo de preparo:
    1. Bata o manjericão no liquidificador até virar pó;
    3.Acrescente o alecrim ao liquidificador e bata até virar pó;
    4.Por último, acrescente orégano e o sal e bata até virar pó;
    5.Guarde sal de ervas em um recipiente.



    Rendimento:  9 colheres de sopa = 45g

    Benefícios: Ajuda a prevenir e controlar problemas de pressão, além de inchaços, falta de ar e        doenças no coração. 




    Isabella Barbosa



    quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

    Acne!

    Ok, acho que não é novidade pra ninguém que a acne tem relação com a alimentação, afinal, a saúde de nossa pele, assim como de todo nosso corpo, está fortemente relacionada com o que comemos. Acontece que, com tantas informações que recebemos (algumas de fontes confiáveis, outras nem tanto), acabamos ficando um pouco confusos. E quer saber? Não somos só nós que ficamos confusos. Os próprios cientistas ainda não chegaram em um consenso se alimentos como o chocolate, por exemplo, têm relação com a acne. 

    Então vamos começar do básico. O que é a acne? A acne é considerada uma doença que pode variar desde uma obstrução de um poro em nossa pele até nódulos e cistos. Ela atinge principalmente adolescentes, mas pode aparecer na idade adulta, no caso de distúrbios hormonais.

    As causas da acne podem ser várias, mas vale ressaltar que ela tem tendência hereditária (se o seu pai e sua mãe tiveram problemas com acne, sua chance de também ter é de 50%). 


    Quando falamos de alimentação, adivinhem só: O SEGREDO É TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL! Tudo bem, pra não ficar tão vaga a idéia do que seria ter uma alimentação saudável, vamos dar umas dicas, com foco na acne:

    • Mesmo que o assunto seja polêmico, os alimentos relacionados com a acne são: chocolate, alimentos gordurosos, industrializados e carboidratos simples, ou seja, pobres em fibras, como o açúcar. Ok, não se sabe se comprovadamente eles têm mesmo uma relação com o surgimento da acne, mas como eles não são os melhores amigos da nossa saúde, podemos evitá-los, não é?



    • DIETA RICA EM GORDURAS: Esse é outro tópico polêmico quando falamos de acne. Muitos estudos mostram que uma dieta rica em gordura  leva ao aumento da produção de sebo, inflamando os poros e levando à acne. Outros acreditam que isso pode acontecer por um efeito psicológico, ou seja, a pessoa consome alimentos ricos em gordura e o stress que sente por achar que isso fará surgir a acne é que é o responsável por essa relação. Acontece que, mesmo esses estudos, sugerem uma redução no consumo de gordura. E como dieta rica em gordura não é prejudicial apenas para nossa pele, o melhor é evitar!



    • Alimentos ricos em VITAMINA A e C são amigos da nossa pele, ajudando a mantê-la saudável. Que alimentos são esses?
    Fontes de Vitamina A: Cenoura, Abóbora, Espinafre, Fígado, entre outros
    Fontes de Vitamina C: Goiaba, Laranja, Caju, Abacaxi, Morango, entre outros

    • Pele saudável, é pele hidratada: Beba bastante ÁGUA, ou seja, 2 a 3 litros por dia.



    • ZINCO: Muitos estudos demonstram uma ação favorável do zinco no tratamento da acne. Acredita-se que ele atue reduzindo a inflamação e otimizando a cicatrização. Algumas fontes mais comuns de zinco são: castanha-do-pará, frango, alho, abóbora, semente de girassol, gérmen de trigo.



    • Outro  mineral que estaria ligado à redução da gravidade da acne e sua cicatrização é o SELÊNIO. Fontes: Castanha-do-pará, alimentos marinhos (camarão, caranguejo, salmão) e leite.

    E vamos abrir um parêntesis: não é por que a castanha-do-pará foi citada mais de uma vez como benéfica contra a acne (e não só contra a acne), que vocês vão comer um monte de castanha-do-pará. BASTA UMA POR DIA, afinal, ela também é fonte de gorduras (gorduras "boas", mas ainda assim, gorduras).


    E é isso, gente...pra mostrar que #NutriçãoTambémÉBeleza!




    Isabella Barbosa





    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    PUJOL, A. P. P.; PEREIRA, E.F. Acne. In: PUJOL, A. P. P. Nutrição Aplicada à Estética. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2011. Pág. 71-90.

    ROCHA, L.M. Acne. In: SCHNEIDER, A.P. Nutrição Estética. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. Pág. 143-151. 

    segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

    Nutrindo!

    Olá gente!

    Boa semana a todos! Na postagem de hoje, eu trago uma dica maravilhosa àqueles que buscam aprofundar seu conhecimento em nutrição. 


    A proposta desse blog é, como eu disse no início, levar conhecimento a todos, mesmo que você não seja um expert da Nutrição, mas se você é da área e gostaria de ler notícias do mundo acadêmico, com artigos científicos super atuais disponíveis para download, acesse o Nutrindo: http://www.uece.br/nutrindo/

    O nutrindo é o laboratório de pesquisa de que eu faço parte e esse é o nosso portal, onde vocês vão encontrar postagens não só minhas, mas de outros bolsistas e da própria coordenadora do grupo, a Profa. Dra. Helena Sampaio, um ícone da Nutrição no Ceará.

    #ficadica!





    Isabella Barbosa

    domingo, 5 de fevereiro de 2012

    Siga esse exemplo!

    Devemos sempre seguir os bons exemplos.

    Hoje o blog traz uma história inspiradora, uma história de perseverança que veio pra mostrar que se você quer perder alguns quilinhos, reduzir o doce ou o refrigerante que você acha que não vive sem, voltar pra academia ou caminhada...enfim, qualquer uma dessas mudanças, VOCÊ PODE! Tudo isso parece muito simples quando olhamos para uma história como essas.
    Essa é a história da Ju, uma pessoa muito querida, nutricionista, inteligentíssima e, acima de tudo, um exemplo de DETERMINAÇÃO. Ela topou contar pra nós como conseguiu ter uma alimentação saudável, sair do sedentarismo, ganhar medalhas e... perder 19kg! O objetivo é inspirar muita gente e provar que mudar de hábitos é possível sim, basta ter força de vontade. 

    “Era uma vez uma nutricionista obesa que foi desclassificada de uma seleção só por esse motivo, ser gorda. Isso logo na primeira seleção de emprego pós-formatura! Traumatizante, digamos assim. Mas essa ‘nutri’ não desistiu da profissão por isso. Foi fazer o que sempre gostou de fazer: estudar. Com seu estudo, passou no mestrado em outra cidade e se separou fisicamente do seu noivo, um dos grandes incentivadores para uma vida saudável (ele é educador físico e foi seu personal trainer por um bom tempo). Morando sozinha, veio a ansiedade, a solidão, a liberdade, o descontrole e a tristeza. E alguns quilos a mais. Passou dos seus habituais 87 - 88kg, para inacreditáveis 94,5kg em 6 meses. Isso tudo em seus ‘altos’ 1,68m de altura - bastante coisa! Sempre teve problemas com o peso e esse, de fato, era o seu peso máximo na vida. Sempre fez atividade física, desde criança, mas nunca controlava a boca. Daí, ficou sedentária por alguns meses, deu no que deu:

    Foto: Parque do Ibirapuera - Abril/2011


    Então, foi passar o Dia das Mães na sua cidade natal. Logo que chegou, seus pais acharam muito preocupante o que estava acontecendo. Só engordava, ficava apenas na dinâmica “casa – faculdade – casa”, comia tudo o que queria porque não tinha ninguém vendo, tentava diminuir aqueles sentimentos ‘novos’ comendo! Como estava sem bolsa de mestrado (auxílio financeiro que os estudantes de pós-graduação recebem), não tinha como frequentar uma academia, já que era um custo a mais e, como o dinheiro estava contado, não queria dar mais esse gasto a seus pais. Só que eles perceberam que não poderia continuar assim. Então, deram o dinheiro para a matrícula na academia – e era para fazer! Aquela nutri, já um pouco preocupada com seu ganho de peso, suas roupas não dando mais (vestia no busto 48/50 e no quadril 46/48), aceitou aquele como um novo desafio para a sua vida: sair dos 90 kg! E o prazo seria até as férias de julho.
    Iniciou na academia no dia 12 de maio de 2011. Depois de uns 8 meses sem pisar numa academia, voltou. Com a retomada nos exercícios, tentou controlar a boca. Não foi bem uma ‘dieta’, mas deixou de comer pizza todo domingo depois da missa sozinha na padaria (3 ou 4 fatias), tomava cada vez menos refrigerante, passou a controlar os doces, as frituras... Até o dia 20 de junho de 2011, tinha perdido 3 kg. Foi de férias com 91,5kg e, mesmo com 40 dias de férias, voltou para São Paulo com os mesmos 91,5kg. Como conseguiu? Entrou na academia e, mesmo nas férias, tentava ir de segunda a sexta. Retornando em agosto, voltou com um novo desafio: perder 25,5 kg (chegar aos 66kg) e sair das faixas de “risco”: chegar ao IMC adequado (≈ 23,5 kg/m²); Circunferência da cintura adequada (< 88 cm); Percentual de gordura corporal menor que 22%, além de melhorar meu condicionamento físico, já que andava muito a pé e não agüentava nem subir os 6 quarteirões que a separava da faculdade. Sem contar o alerta que o ginecologista fazia sempre: “se você engravidar com esse peso, mesmo sendo nova, sua gravidez é de altíssimo risco!”).
    E como, mesmo com muito esforço, não deu para fugir da comidinha de casa, resolveu encarar uma reeducação alimentar, afinal era nutricionista e sabia os alimentos ditos saudáveis e os não-saudáveis. Foi um desafio, mas “grandes desafios necessitam de grandes esforços” e como não era forte o suficiente para encarar esse desafio sozinha, pegou o dinheiro de uma bolsa extra da faculdade que conseguiu e pagou um personal trainer na academia onde malhava desde maio. Mesmo seu noivo sendo da área de Educação Física, não poderia contar com o estímulo dele alí, na hora dos exercícios, na hora que queria fraquejar, na hora que burlava a ficha de treinos, pois eles estavam longe um do outro.
    O professor se tornou seu amigo e a estimulava diariamente, sempre dizendo: “Bora, não desiste não!! Você é mais forte do que pensa!”. E algumas mudanças na alimentação foram bem drásticas: como prato protéico, comia soja 5x/semana (nunca tinha comido soja na vida), frango ou peixe ou ovo 1x/sem., e carne vermelha 1x/sem. no máximo; no RU da faculdade, como tinham 3 opções de salada (2 cruas e uma cozida), colocou na cabeça que tinha que comer das 3 opções, mesmo não gostando (agrião, almeirão, tabule, tomate... no começo: “eca”!), mas comia e numa quantidade considerável; não tomava sucos nem líquidos durante o almoço, não toma mais refrigerante e optava pelo arroz integral, em quantidades bem menores, além do feijão de todo dia. A sobremesa era sempre a opção de fruta do cardápio e deixou de frequentar a cantina da faculdade, com seus milhares de pães de queijo e chocolates quentes! Nas compras no supermercado, como era sempre ela quem fazia, optava pelo essencial (nada de ‘tranqueira’) e só alimentos saudáveis. Passou a consumir leite e derivados (pois não tinha o hábito) e os lanches eram basicamente frutas, saladas e vitaminas (isso até nos fins de semana!).
    A preocupação com o tempo seco, desde que veio morar em São Paulo, a fez ter o hábito de sempre estar bebendo água, com uma garrafinha do lado! No início, com todas essas mudanças, o ato de comer passou a ser “terapêutico”, pois via na alimentação uma forma de melhorar a sua vida, seu remédio para uma vida mais saudável, mesmo sendo difícil, acabou que virou um hábito – e seu intestino disse “muito obrigada” pelas fibras diárias!
    E essa união de “exercícios físicos regulares (de segunda a sábado, com corridinhas aos domingos) + dieta + força de vontade” a fez perder 6kg no primeiro mês. Foi de 91,kg para 85,5kg em uns 40 dias. Sempre corria, uns trotes e tal, maratonas de revezamento com seu noivo, mas com a amizade com o novo professor, praticante de Biathlon ou Duathlon Aquático, acabou voltando a praticar o que fez por quase 10 anos na infância: natação. Em meados de setembro, passou a nadar 2x/semana, além do que já praticava (corrida e musculação). Foram treinos super prazerosos, pois sempre gostou de nadar, mas nunca mais teve a oportunidade de praticar o esporte depois ‘de grande’. Como morava perto de uma piscina olímpica, num complexo esportivo público, ficou fácil ter mais esse esporte no seu dia-a-dia, além de sair da rotina de treinos na academia. Se antes, a ansiedade era descontada na comida, agora era nos momentos de atividade física, momentos que foram transformados em puro lazer/prazer! (E a endorfina – hormônio liberado quando praticamos esportes que proporciona sensação de prazer - nos responde isso...)
    Em novembro, ia ocorrer a última etapa do 19º SPOPEN de Biathlon em Santos, onde seu professor e um grupo de amigos, feito por conta da academia, iam participar. Então, a aluna colocou na cabeça do professor que ele seria o treinador dela e que ia juntar o que já fazia com o retorno às piscinas. Então o desafiou e foi fazer a prova. Foram 500 (intermináveis) metros no mar e 3 km de corrida. E o resultado foi: 

    Foto: 5º lugar na etapa final do SP OPEN de Biathlon em Santos – em 12 de novembro de 2011 (exatos 6 meses da retomada na academia em maio)



    O que era apenas um “desafio de perder peso”, agora também passou a ser um “desafio de ganhar medalhas e troféus” e se superar a cada dia de treino. Na ocasião, já estava nos seus 80 kg, lutando para chegar na casa dos 70 kg... cada vez mais distante dos 94,5kg iniciais.
    E os treinos se intensificaram porque vinha mais um desafio pela frente: Gatorade Biathlon Series Etapa Guarujá, 15 dias depois. E mais uma medalha e um troféu para a estante. E mais uma maratona de revezamento, em que correu 5,5 km em 32 min (recorde pessoal), te trouxe mais uma medalha.
    E a meta final (66kg) ficava cada vez mais longe de ser alcançada. Porque, se antes perdia 6kg em um mês, agora era 3 ou 4 kg.
    Com frases de auto-ajuda, com o incentivo diário do noivo, mesmo de longe, e do professor-treinador-amigo, com a força de todos que a acompanhavam nessa luta... Cada meio quilo perdido era comemorado como se fossem 3kg a menos! E “YES, I CAN” (parafraseando o presidente Obama) passou a ser o lema: “SIM, EU POSSO melhorar a minha vida!”. Pele, cabelo, disposição, auto-estima, ânimo, auto-confiança, vaidade, força e determinação só melhoraram nesse intermédio. Além das novas (e menores) roupas adquiridas – que davam um estímulo a mais. Passou a usar 44 no busto e 40 no quadril, a caber em roupas M... algo inédito!! E em cada elogio de “poxa, como você emagreceu e está bem!”, encontrava mais força para continuar na luta.
    E como “grandes desafios necessitam de grandes esforços”, o esforço continua... E #vamoquevamo que o desafio continua. A nutricionista ainda não chegou lá, mas de onde partiu, o que caminhou já merece ser comemorado! Afinal, o que são agora só 9,5kg para quem já perdeu 19kg?! NADA! Só um pouco mais de paciência e determinação (porque é um desafio a médio e longo prazo) que nossa personagem vai começar a ver o portal escrito “CHEGADA” e ultrapassar todos os seus limites. Além de ganhar mais do que qualquer medalha ou troféu; ganhar uma vida mais saudável e com mais qualidade de vida!

    E o que era...

    Assim em Dezembro de 2010...
    ...passou a ser assim em Dezembro de 2011


















    E começa mais um ano de desafios constantes e muita perseverança. 

    E #vamoquevamo, que agora que ficou bom! Porque “YES, I CAN”! 
    E essa história não terá o fim esperado por aquela outra profissional que não selecionou a nossa nutricionista no começo dessa história para o tal emprego, pois a nutricionista obesa ficou no passado. O que restou agora foi uma nutricionista com muita força de vontade de mostrar para todos que a ‘nutrição aliada a bons e regulares exercícios físicos’ fazem a diferença!”

    Veja a diferença:


    Data da Avaliação
    11/05/2011
    06/12/2011*
    Peso atual
    94,5 kg
    77,3 kg
    Altura
    1,68m
    1,68 m
    IMC
    33,5 kg/m²
    27,4 kg/m²
    Percentual de gordura
    44,02 %
    30,94 %
    Peso magro
    50,18 kg
    54,01 kg
    *Valores da última avaliação física, mas ressaltamos que o peso atual é 75,5 kg (em 30/jan/2012).


    E aí? Alguém ainda tem dúvidas de que é possível??



    Isabella Barbosa





    quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

    Não contém glúten.


    Mas afinal, o que é esse tal glúten?

    É comum as pessoas terem dúvidas quando encontram as seguintes frases nos rótulos de alimentos: "Não contém glúten" ou "Contém glúten". Muita gente acha que deve evitar os alimentos que contém o glúten, porque ele pode fazer mal à saúde, mas não é bem assim.

    O glúten é uma proteína presente em alguns alimentos como trigo, aveia e cevada. A legislação exige que a sua presença seja alertada nos rótulos, pois algumas pessoas são intolerantes a ele. 

    Essas pessoas são portadoras de uma doença chamada doença Celíaca, que é caracterizada pela ausência da enzima capaz de digerir o glúten. Por isso, elas não conseguem fazer a digestão de alimentos que contenham essa proteína. Ao consumir esses alimentos, provocam uma inflamação no intestino, tendo diarréia e dores abdominais como consequência.

    Assim, se você não é uma dessas pessoas, pode ficar tranquilo, pois o glúten não vai te fazer mal nenhum. Já se você é ou conhece alguém que tenha doença celíaca, a indicação é procurar um nutricionista para que ele possa elaborar um plano alimentar individualizado, excluindo o glúten da dieta, já que essa é a única forma de tratar essa doença que, infelizmente, é crônica.





    Isabella Barbosa





    REFERÊNCIAS:

    CARUSO, Lúcia. Distúrbios do Trato Digestório. In: CUPPARI, Lilian. Nutrição Clínica no Adulto. Barueri, SP: Manole, 2005.

    LIMA, Ana Margarida Macedo. Doença Celíaca. Universidade do Porto. 28p.

    sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

    A vida é feita de escolhas!

    E com a nossa alimentação não é diferente!

    Pequenas mudanças na nossa alimentação podem fazer muita diferença na nossa saúde sem a necessidade de um sacrifício tão grande.

    Quer ver alguns exemplos?

    1.Quando o garçom pergunta o que você vai beber.

                             
    ·       Se você escolhe um refrigerante:

    Em um copo (200ml), por exemplo, estará consumindo principalmente água gaseificada e açúcar com 85kcal, 21g de carboidratos (açúcar) e 10mg de sódio.

    ·       Se você escolher um suco (vamos usar o de laranja como exemplo):
    Se você consumir a mesma quantidade de suco de laranja (um copo de 200ml), estará consumindo cerca de 66kcal. Você pode dizer que a diferença entre o valor calórico fornecido pelos dois não é tão grande, mas a diferença na qualidade dessa caloria é imensa. Pra começar, o suco de laranja contém menos carboidratos (15g) e, além disso, diferentemente do açúcar presente nos refrigerantes, o que está nas frutas é natural e, portanto, não é prejudicial à saúde.

    Outra diferença é que, no suco de laranja, temos ainda vitaminas (vitamina C) e minerais (cálcio, fósforo, potássio e magnésio). Além disso, o suco de laranja não contém nada de sódio, o vilão da hipertensão e retenção de líquidos.

    2. Que leite utilizar?

    A principal diferença entre os leites integral e desnatado está no teor de gorduras. Comparei a informação nutricional desses dois tipos de leite de uma mesma marca. Tomando 1 copo de leite (200ml), você consome:

    Leite integral
    Leite desnatado 
    Calorias
    113kcal (6% VD*)
    66kcal (3% VD*)
    Gorduras totais
    6g (11% VD*)
    0g (0% VD*)
    Gorduras saturadas
    4g (18% VD*)
    0g (0% VD*)
    Cálcio
    230mg (23% VD*)
    260mg (26% VD*)

    É isso mesmo, gente. O leite desnatado não tem NADA de gordura! Principalmente, gordura saturada, que está envolvida no aumento de nosso colesterol ruim (o LDL). E, ao contrário do que algumas pessoas pensam, o leite desnatado não tem menos cálcio que o integral. Nesse caso, o desnatado tem até mais cálcio que o integral. 


    Ao contrário do que se pensa, substituição do leite integral pelo desnatado não deve ser feita apenas pelas pessoas que têm problemas de saúde, mas por todos os que já atingiram a idade adulta. As gorduras saturadas, presentes no leite integral, devem ser consumidas em quantidades mínimas durante o dia e, se ultrapassamos essa quantidade (o que não é nada difícil, já que muuuuuuitos alimentos possuem essas gorduras), são prejudiciais a saúde de qualquer pessoa. Reduzir seu consumo é uma forma não apenas de tratar uma hipercolesterolemia (o famoso colesterol alto), mas também de prevenir que ele se eleve.


    3. E se eu quiser comer um biscoitinho?



    A principal diferença entre o biscoito recheado e o ao leite (sem recheio), está também na quantidade de gorduras. Comparei os dois tipos de biscoito de uma mesma marca, um com recheio e outro sem. A diferença já é enorme! E olhe que eu nem estou pedindo que você substitua seu querido recheado por um biscoitinho integral rico em fibras e pobre em gorduras (o que seria uma ótima ideia, aliás)!


    Biscoito recheado (5 biscoitos)
    Biscoito s/ recheio (5 biscoitos)
    Calorias
    280kcal (14% VD*)
    135 kcal (7% VD*)
    Gorduras totais
    12g (22% VD*)
    5g (9% VD*)
    Gorduras saturadas
    4g (18% VD*)
    1,4 (6% VD*)







    4. Pão francês x Pão integral    

    Quando trocamos o pão francês pelo integral, estamos fazendo a escolha de consumir mais fibras (que são excelentes para o funcionamento do nosso intestino, além de muitas outras funções que podemos discutir aqui em outro momento) e menos carboidratos simples. Veja a diferença:

    Pão francês (1 pão)
    Pão integral (2 fatias)
    Calorias
    150kcal (8% VD*)
    125 kcal (6% VD*)
    Carboidratos
    29g (10% VD*)
    25g (8% VD*)
    Fibras
    1,2g (5% VD*)
    3,5 (14% VD*)

    Esses foram apenas alguns exemplos de algumas mudanças que podemos fazer e que afetam muito nossa saúde, nos livrando de algumas doenças que estão extremamente relacionadas à nossa alimentação. 

    Procure um profissional nutricionista pra que ele possa te ajudar a fazer escolhas melhores para sua alimentação, afinal, cada um de nós tem necessidades específicas, bem como dificuldades específicas.

    *VD: Valores Diários. Veja a postagem anterior para entender melhor: http://nutricaoesaude-isabellabarbosa.blogspot.com/2012/01/rotulos-voce-sabe-ler.html



    Isabella Barbosa